domingo, julho 22, 2007

My love for you is still unknown

Sinto que recuei no tempo e revejo-me agora com a mesma ingenuidade e pureza de sentimentos que vivi aos 17 anos quando pela primeira vez me entreguei ao meu primeiro amor.
Sinto-me leve,
Sinto-me feliz,
Sinto o meu corpo tremer quando te vejo
Sinto-me ansiosa quando sei que vou estar contigo
Sinto vontade de te abraçar e de me entregar sem pensar em mais nada
Mas sinto também timidez
Sinto medo
Não me sinto capaz de me abrir contigo e dizer-te porque marcaste a diferença,
muito embora te tenha prometido e saiba que estás à espera de o ouvir.....

Gosto dos momentos que passamos juntos
Gosto da magia e emoção dos momentos em que ousamos tocar-nos!
Gosto da lentidão com que nos estamos a dar a conhecer
Gosto das tuas provocações e dos ciumes dissimulados
Gosto das tuas brincadeiras e do teu sentido de humor
Até chego a achar piada ao teu espírito de vingança
Gosto de ti pelo que tu és,
Gosto de ti pelo que és quando estás comigo

A tua insegurança encanta-me
Assim como me encanta a tua timidez e os teus receios
Gosto do tempo que dispendes a observar-me, a analisar-me e a tentar percerber-me

Gosto dos nossos jantares bem “regados” e da vontade que temos em falarmos sobre nós, sobre os nossos passados
Adoro a magia das nossas despedidas

É isto que sinto hoje,
Que senti ontem e que sei vou sentir amanhã....

O que tiver que ser, será!
Tudo depende de nós, de quem tiver a coragem de assumir o primeiro passo!

quarta-feira, novembro 29, 2006

.......Encontros e desencontros.....

O valor das coisas não está no tempo que duram mas na intensidade com que acontecem.

Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis

terça-feira, outubro 10, 2006

A Energia do AMOR

Existem momentos em que gostaríamos muito de ajudar quem amamos muito, mas não podemos fazer nada. Ou as circunstâncias não permitem que nos aproximemos, ou a pessoa está fechada para qualquer gesto de solidariedade e apoio.
Então, resta-nos apenas o amor.
Nos momentos em que tudo é inútil, ainda podemos amar - sem esperar recompensas, mudanças, agradecimentos.
Se conseguirmos agir desta maneira, a energia do amor começa a transformar o universo à nossa volta. Quando esta energia aparece, consegue sempre realizar o seu trabalho.
O amor transforma, o amor cura.
Mas às vezes, o amor constrói armadilhas mortais, e termina destruindo a pessoa que resolveu entregar-se por completo.
Que sentimento complexo é este que - no fundo - é a única razão para continuarmos vivos, lutando, procurando melhorar? Seria uma irresponsabilidade tentar defini-lo, porque, como todo o resto dos seres humanos, eu apenas consigo senti-lo. Milhares de livros são escritos, peças teatrais encenadas, filmes produzidos, poesias criadas, esculturas talhadas na madeira ou no mármore, e mesmo assim, tudo que o artista pode passar é a idéia de um sentimento - não o sentimento em si.
Mas eu aprendi que este sentimento está presente nas pequenas coisas, e se manifesta na mais insignificante das atitudes que tomamos, portanto é preciso ter o amor sempre em mente, quando agimos ou quando deixamos de agir.
Pegar o telefone e dizer a palavra de carinho que adiamos.
Abrir a porta e deixar entrar quem precisa de nossa ajuda.
Aceitar um emprego. Abandonar um emprego.
Tomar a decisão que estávamos deixando para depois.
Pedir perdão por um erro que cometemos e que não nos deixa em paz.
Exigir um direito que temos.
Abrir uma conta no florista, que é mais importante que o joalheiro.
Pôr a música bem alta quando a pessoa amada estiver longe, baixar o volume quando ela estiver perto.
Saber dizer "sim" e "não", porque o amor lida com todas as energias do homem.
Descobrir um desporto que possa ser praticado a dois.
Não seguir nenhuma receita, nem mesmo as que estão neste parágrafo - porque o amor precisa de criatividade.
E quando nada disso for possível, quando o que resta é apenas a solidão, então lembrar-se de uma história que um leitor me enviou certa vez:
"Uma rosa sonhava dia a noite com a companhia das abelhas, mas nenhuma vinha pousar em suas pétalas. A flor, entretanto, continuava a sonhar: durante suas longas noites, imaginava um céu onde voavam muitas abelhas, que vinham carinhosamente beijá-la. Desta maneira, conseguia resistir até ao dia seguinte, quando tornava a abrir-se com a luz do sol.
Certa noite, conhecendo a solidão da rosa, a lua perguntou:
- Você não está cansada de esperar?
- Talvez. Mas preciso continuar lutando.
- Porquê?
- Porque, se eu não me abrir, eu murcho."
Nos momentos onde a solidão parece esmagar toda a beleza, a única maneira de resistir é continuarmos abertos.

PAULO COELHO

domingo, agosto 27, 2006

Um pedaço do meu amor !!!!!

Queridos amigos,
como devem ter percebido, estive de férias....
Agradeço a todos as carinhosas palavras que me foram deixando e às quais ainda não tive tempo de responder pois só cheguei há meia duzia de horas!
E como voltei cheia de saudades e com um grande "jet-lag" é com enorme prazer que vos dou a conhecer um cheirinho do meu amor:

"Una noche llena de lluvia, relámpagos sonoros y nubes choronas que se anunciaban aquí y allá, vinimos a tomarnos una margarita de fresa, tu, y un tequila, yo, para disfrutar el odor de la tierra mojada, de la tierra mia.
Y entre trago y trago, lluvia y lluvia, disfrutábamos también de la escandalosa exhuberancia de las flores del San Angel Inn.
Una margarita de fresa bastó para que "porquê" disfrutara las delicias del Caviar Mexicano... Tortilla con salsa y guacamole... y en medio dos cucharadas de ESCAMOLES.
"Escamoles?", preguntó.
Platillo de reyes, fue la respuesta. Hueva de hormiga que hizo las delicias en su paladar".

Qué rico !!!!!!! sem comentários......

domingo, julho 09, 2006

À revelia

"Perguntaste-me se gostei de estar contigo na cama, se me entusiasmei mais do que uma vez nessa noite, se foste o único homem que amei realmente, se a teu lado não preciso de mais nada ou de ninguém.
Ouve: uma mulher quando já viveu alguma coisa, já lhe parece ter experimentado todos os grandes sentimentos, os melhores e os piores, e um dia fica baralhada, deixa de saber avaliar, comparar, eleger.

Tens que ser forte: não sei se gosto mais de ti do que gostei do meu anterior marido nem se o amei de verdade ou apenas o usei para me curar da última ferida.
Quem disse que o amor não acaba, se acrescenta? E depois há esta indignidade recorrente, que não quero somar aos meus já muitos defeitos de carácter e que consiste em negar o que já se viveu, os beijos que nos levaram daqui e os momentos de absoluta felicidade que passámos com outros, só por causa de um desfecho feio.
Não há desfechos bonitos, vê a Vida! Já viste alguém que tenha alguma vez escapado à imortalidade? Os desfechos são sempre feios e não estou só a falar da morte; o ódio que se vive no momento da ruptura, por vingança ou questões prácticas, como o dinheiro ou o faqueiro de prata, é tão desalmado que pode apagar o que de bonito se passou entre dois seres.

Assim é com toda a gente que passou pela nossa vida para nos dar céu ou inferno, felicidade ou mágoa. No entanto, contemplando por vezes uma cena num filme ou numa praia, há algo de outra pessoa que nos chega à revelia para nos despertar uma saudade indizível.
E não se trata de solidão: pode acontecer ao lado de qualquer pessoa e inclusivamente ao teu, como nessa noite em que quiseste arroubo, respostas e garantias, e eu estava distraída a pensar no sorriso tão ternamente maroto que o meu ex-marido esboçava quando era apanhado a mentir.
Vês? Não era nada de muito bom para me comover ou de suficientemente mau para subjugar; era só uma pequena e, porventura, absurda característica que me encantava nele e que, na última vez em que estivemos juntos, tu e eu, foi o suficiente para já não te querer.
Sim, ouviste bem: “última vez”.
E só porque nessa noite a presença de um intruso na nossa cama me demonstrou que tu sabes mentir melhor do que ele e que, por isso, o intruso eras tu, afinal."

Rita Ferro

terça-feira, junho 20, 2006

Solidão

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...isto é carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar...isto é saudade.

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos...isto é equilíbrio.

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida...isto é um princípio da natureza.

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...isto é circunstância.

Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmose procuramos em vão pela nossa alma...

segunda-feira, maio 29, 2006

Não deixem morrer os sonhos

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem destrói o seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajecto, quem não muda as marcas no supermercado, não arrisca vestir uma cor nova, não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o "preto no branco" e os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam o brilho nos olhos, sorrisos, corações aos tropeções, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projecto antes de iniciá-lo, não tentando um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!"

Pablo Neruda